(Uma versão da resenha abaixo foi publicada originalmente em A TRIBUNA de Santos em 09 de outubro de 2018)
Ricky Ribeiro é um jovem de Alphaville. Popular, viajado, sua ambição é o desenvolvimento sustentável. Aos 28 anos recebe um diagnóstico terrível: é portador da E.L.A, esclerose lateral amiotrófica.
Quando vi a envergadura de “MOVIDO PELA MENTE” achei que seria uma experiência transformadora. Aqui o crítico vai falar mais alto. Que decepção. O relato é enfadonho principalmente porque ele quer botar tudo e todos na narrativa, que chega a por menores delirantes: “Essa viagem, além de ser uma vivência inesquecível de um jovem aproveitando a vida com amigos pela Europa, foi muito marcante por me fazer aprender novas formas de locomoção pelas cidades. Logo de cara fiquei fascinado pelas ciclovias de Roterdã e por suas outras alternativas de transporte, como o bonde, a balsa, o metrô, o trem e as caminhas a pé. Mesmo depois que alugamos o carro na França, pegamos muitas balsas, em que colocávamos o automóvel e atravessávamos de um país ao outro. De fato, a água estava presente em toda a nossa viagem. Pipo e eu entramos numa cachoeira de degelo nos fiordes noruegueses, a quase zero grau, a despeito do verão europeu. Sem contar o frio, o visual ao redor era impressionante, com abismos, estradas estreitas, túneis e braços de mar. Em Budapeste, íamos todo dia ao Banho Turco, com suas águas termais”.
Como companheiro de desgraça fico comovido, mas isso não é motivo para ser condescendente.