(o texto abaixo foi escrito a partir das considerações feitas numa mesa-redonda gravada para a Semana de Letras da UNIMES VIRTUAL onde explorei o tema “A desonra como exclusão”)
“Sempre foi conveniente aos interesses do Estado envenenar os poços psicológicos, estimular vaias, limitar a solidariedade humana. Não será tarefa do contador de histórias agir como advogado do diabo, provocar simpatia e uma certa compreensão para com aqueles que estão fora dos limites da aprovação do Estado? Ele representa as vítimas, e as vítimas mudam. A lealdade nos confina às opiniões aceitas, à fidelidade nos proíbe de compreender, de maneira solidária, os nossos companheiros dissidentes; a deslealdade, porém, nos estimula a penetrar qualquer mente humana…”
(Graham Greene, A virtude da deslealdade, em Reflexões)
“Ésa era la palabra que mejor describía lo que se había sentido siempre, en Escocia, en Inglaterra, en el África, en el Brasil, en Iquitos, en el Putumayo: un desterrado. Buena parte de su vida se había jactado de esa condición de ciudadano del mundo que, según Alice, Yeats admiraba en el: alguien que no es de ninguna parte porque lo es de todas. Mucho tiempo se había dicho que ese privilegio le deparaba una libertad que desconecían quienes vivían anclados en un solo lugar. Pero Tomás de Kempis tenía razón. No se había sentido nunca de ninguna parte porque ésa era la condición humana: el destierro en este valle de lágrimas, destino transitorio hasta que con la muerte y el más allá hombres y mujeres volverían al redil, a su fuente nutrícia, a donde vivían toda la eternidad.”
(Mario Vargas Llosa, O sonho do celta [1])
Em 1981, pode-se dizer que Mario Vargas Llosa alcançou um auge da sua popularidade e prestígio como romancista, com a publicação de A guerra do fim do mundo, que talvez não se tenha repetido depois (apesar de ele ainda ter escrito muitos romances formidáveis, penso especialmente em Lituma nos Andes e nos surpreendentes História de Mayta e O falador, para não falar no requintado Cadernos de Don Rigoberto, uma obra de mestre), pelo menos não com tanta intensidade.
Em 1981, foi justamente um ponto de inflexão na minha vida como leitor, quando eu “saltei” da inconsciência da leitura voraz e apaixonada para o tipo de leitura que até hoje me ocupa a maior parte da minha existência (e com a experiência de O sonho do celta de certa forma me confrontei com 30 anos ‘começou a estrada, a viagem terminou”, na formulação lukácsiana).
Portanto, meu início com Vargas Llosa se deu justamente com esse romance-auge, A guerra do fim do mundo e a idéia vargasllosiana de “romance total”, “romance-mundo”, que muito me marcaram. Por outro lado, também acompanhando os debates ideológicos, já de saída um instinto de desconfiança com relação às posturas do autor de Contra vento e maré, que foi se ampliando de tal maneira que só após a leitura muito apaixonada de Lituma nos Andes, resolvi mandar às favas a questão do Vargas Llosa que aqui no nosso país seria um político do PSDB, o partido que mais desprezo e abomino entre todos.
Pois bem, curiosamente tenho percebido um refluxo por parte do escritor peruano do seu entusiasmo com o ideário neoliberal, antídoto contra a esquerda fanática e sectária, a confiança no mundo globalizado pós-industrial cuja causa ele abraçara tão apaixonada e constrangedoramente ao ponto de ser citado pela VEJA (vejam só!) como o “perfeito intelectual latino-americano”, o que soa mais como um anátema e um epitáfio do que um elogio. Sutilmente, nos últimos livros, Llosa tem mostrado que a receita neoliberal também não funcionou, nem poderia. Lamentavelmente, esses últimos livros (penso especificamente em A festa do bode e Travessuras da menina má, pois gosto de O paraíso na outra esquina, sem considerá-lo um grande romance) representam igualmente um declínio, uma aproximação muito perigosa das receitas e técnicas dos best sellers.
Por isso, a expectativa com O sonho do celta, que foi lançado após o Nobel, mas escrito antes. De cara, devo dizer que ele confirma o desencanto ao qual aludi mais acima. Nesse sentido, a trajetória de Roger Casement, o celta, é emblemática.
Casement é o irlandês que, no final do século XIX, vai para a África (servindo à Coroa britânica) imbuído da ideologia em tripé que sustentou e justificou a colonização e o posterior imperialismo das potências ocidentais: civilização, cristianismo e comércio.
No Congo, ele testemunha horrores (o domínio belga, capitaneado pelo sinistro rei Leopoldo foi um dos mais brutais da história, tanto que originou O coração das trevas, de Joseph Conrad) contra os negros nativos, de tal monta que o levam a redigir um relatório que o torna célebre no mundo todo (e é preciso lembrar que, à época, não havia os meios de comunicação à disposição, embora fosse já época de uma opinião pública forte), “o irlandês mais famoso” de sua época.
A desilusão de Casement com a empreitada colonial ficará completa quando, ao viajar pelo Putumayo, a porção peruana da Amazônia, constatar ali horrores similares e novamente a desfaçatez do homem branco.
A conseqüência mais importante no destino de Sir Roger (sim, ele ganha o título honorífico) é que ele resolve cuspir no prato que comeu e aderir ao que Greene (no texto do qual eu tirei a epígrafe desta minha resenha) chama de forma tão feliz de “a virtude da deslealdade”, ou seja, abraça a causa do nacionalismo irlandês contra a Inglaterra e procurará firmar uma aliança com os alemães, ao eclodir a Primeira Guerra, para acelerar a independência da Irlanda[2] . Por essa razão, é preso como traidor (justamente naquela época, foi publicado Os 39 degraus, de John Buchan, que instaura o jogo de espionagem e a vilania da Alemanha no imaginário ficcional) e condenado à forca. Para fomentar o clima de antipatia contra ele, seu linchamento moral, divulgam-se trechos de diários onde sua “vida secreta”, como homossexual cujas experiências fundamentais foram com negros, nativos, enfim, outras raças, é exposta escandalosamente (poucos anos antes, houvera o caso Oscar Wilde, de triste memória). É a forma de exclusão punitiva daqueles que estão dentro do sistema hegemônico e que ousam sair dos trilhos ou questionar a rota: a desonra, a perda de posição, muito mais radical do que a evasão, tema de O paraíso na outra esquina, que foi outra maneira de se colocar à margem dos descarrilhados do trem do progresso.
O eixo narrativo de O sonho do celta é a vida na prisão de Casement, à espera para ver se a petição de indulto da pena de morte seria concedida.
Infelizmente, quem procurar a riqueza caleidoscópica das grandes ficções llosianos vai se decepcionar. Escrevendo um romance sobre Casement, ele não o “inventa”. Claro, pode ter se permitido mil liberdades a respeito dos fatos, contudo o livro nunca deixa de ter o ar de uma biografia, daquelas bem certinhas, caretas e chatinhas.
O pior é que o romancista que nos fez entrar na cabeça de tantos personagens, inclusive os mais repulsivos, como a eminência parda da ditadura odriísta, Cayo Bermúdez (em Conversa na Catedral), ou o fanático republicano Moreira César (em A guerra do fim do mundo), nunca consegue nos fazer entrar na cabeça de Roger Casement. Parece que ele o vê à distância, sem nunca se aproximar de fato do seu “sonho”, a não ser com recursos do best seller: a exposição didática e chapada, sem a menor profundidade, o bom-mocismo—quem em sã consciência, a não ser o mais empedernido e boçal reacionário, iria discordar da indignação do intrépido e corajoso irlandês, com as suas causas? Correndo nas águas tranqüilas da facilidade narrativa, Llosa não nos poupa nem dos clichês mais banais, como o do carcereiro que é duro e hostil a princípio e depois vai se tornando amigo do suposto traidor degenerado.
Aliás, eu não me surpreenderia em ver O sonho do celta comprado por Hollywood e ganhando o Oscar. Ele tem todos os ingredientes para se transformar num daqueles filmes amorfos e acadêmicos (tipo Gandhi, Entre dois amores, Dança com lobos, O paciente inglês, Uma mente brilhante), bem produzidos, com um ótimo protagonista (um grande ator daria um show como Casement), ótimos e fotogênicos cenários, ótimos figurinos, tema politicamente correto e um destino tão certo e implacável quanto a forca para Sir Roger Casement: a irrelevância das Sessões da Tarde. E talvez um musical da Broadway.
Quando comentei A guerra do fim do mundo, equacionei sua sabedoria épica com o retrocesso ideológico que representava. Parece que, como sou um chato de galocha mesmo, e nunca estou satisfeito, com O sonho do celta, terei de fazer a equação contrária: de uma saudável recuperação ideológica e um retrocesso épico.
Para finalizar, devo dizer que no Putumayo, no âmago peruano da trajetória de Casement há um relato em miniatura sobre a desonra do juiz que o governo do país manda para apurar os fatos, momento mise en abyme que espelha a narrativa principal (e lembra as tramas de Leonardo Sciascia) e que daria um romance tremendamente mais interessante do que o que Vargas Llosa escreveu:
“En efecto, la historia de esse probo y temerário doctor Carlos A. Valcárcel que vino a Iquitos a investigar los ´horrores del Putumayo´ no podia ser más triste. Roger la fue reconstruyendo en el curso de estas semanas como un rompecabezas…
Pablo Zumaeta [poderoso representante local da empresa Peruvian Amazon Company responsável pelos “horrores de Putumayo”], desde su supuesto escondite, orquestro la ofensiva judicial contra el juez Carlos A. Valcárcel, iniciándole, a través de testaferros, múltiples denuncias por prevaricación, desfalco, falso testimonio y otros vários delitos. Una mañana se presentaron en la comisaría de Iquitos una índia bora y su hija de pocos años, acompañadas de un intérprete, para acusar al juez Carlos A. Valcárcel de ´atentado contra el honor de una menor´. El juez tuvo que emplear gran parte de su tiempo en defenderse de esas fabricaciones calumniosas, declarando, correteando y escribiendo ofícios en vez de ocuparse de la investigación que lo trajo a la selva. El mundo entero se le fue cayendo encima. El hotelito donde estaba alojado… lo despidío. No encontro albergue ni pensión en la ciudad que se atreviera a cobijarlo. Tuvo que alquilar una pequeña habitación en Nunay, una barriada llena de basurales y estanques de aguas pútridas, donde, en las noches, sentía bajo su hamaca las carreritas de las ratas y pisaba cucarachas (…)
Qué había sido de el? Lo único que pudo saber con certeza, aunque la palabra ´certeza´ no parecia tener arraigo firme en el suelo de Iquitos, era que, cuando llegó la orden de Lima destituyéndolo, Carlos A. Varcárcel ya había desaparecido. Desde entonces nadie en la ciudade podia dar cuenta de su paradero. Lo habían matado? (…) el director de EL ORIENTE, Rómulo Paredes, le dijo:
__ Yo mismo le aconsejé al juez Valcárcel que se mandara mudar antes de que lo mataran, sir Roger. Ya le habían llegado bastantes avisos.
Que clase de avisos? Provocaciones en los restaurantes y bares donde el juez Valcárcel entraba a comer un bocado o tomar uma cerveza. Súbitamente, un borracho lo insultaba y lo desafiaba a pelear mostrándole una chaveta. Si el juez iba a presentar uma denuncia a la policía o a la Prefectura, le hacían rellenar interminables formularios, pormenorizando los hechos, y asegurándole que ´investigarian su queja´.
Roger Casement se sentió muy pronto como debía haberse sentido el juez Valcárcel antes de escapar de Iquitos o de ser liquidado por alguno de los asesinos a sueldo de Arana [o presidente da Companhia]: engañado por doquier, convertido en el hazmerreír de una comunidad de títeres cuyos hilos movia la Peruvian Amazon Company, a la que todo Iquitos obedecia con obsecuencia vil.”[3]
Desafortunadamente, há muito pouco de rompecabezas na narrativa de O sonho do celta. Ao que parece, Vargas Llosa quis facilitar tudo para o comprador do seu livro.
Graham Greene abriu este texto. Nada mais justo do que fechá-lo, aplicando a Vargas Llosa o veredicto que ele tascou em cima do grandíssimo escritor inglês, ao analisar Fim de Caso no seu A verdade das mentiras. É um veredicto que se aplica como uma luva às últimas realizações do Nobel de 2010:
“Por que Graham Greene nunca chegou a escrever uma obra-prima, já que manejava o ofício com excelência, e com a cultura e a paixão pela literatura que tinha? Que lhe faltou? Dois ingredientes, difíceis de definir, que aparecem detrás de todos os grandes romances, porém nunca nos seus: uma ambição desmedida e certa dose de insensatez—podemos até chamá-la de loucura. Greene, viajante incansável, aventureiro cuja curiosidade o levou a viver guerras, revoluções, pragas e a freqüentar, por todos os rincões do planeta, os tipos humanos mais pitorescos e diferenciados, na hora de se sentar para escrever perdia seu ímpeto, aquela vocação para o risco que o levou—quando adolescente—a praticar a roleta russa, e tornava-se um escritor eficiente, tímido e funcional, que se sentia satisfeito contando uma história com acerto, uma que fizesse toda tipo de leitor passar um tempo feliz e distraído. Claro que conseguiu o que se propôs como escritor, porém o que se propôs foi sempre pouco e aquém do seu talento…”
Desde A festa do bode ele está enveredando pelo caminho eficiente, tímido e funcional, e realizando pouco e aquém do seu talento.
(outubro de 2011)
VER TAMBÉM NO BLOG:
https://armonte.wordpress.com/2013/10/09/sonho-do-celta-pesadelo-do-leitor/
[1] Em tradução (de Paulina Wacht e Ari Roitman): “Esta era a palavra que melhor descrevia como ele sempre se sentira, na Irlanda, na Inglaterra, na África, no Brasil, em Iquitos, no Putumayo: um banido. Durante boa parte da vida, Roger se gabou dessa condição de cidadão do mundo que, segundo Alice, Yeats admirava nele: alguém que não é de lugar nenhum porque é de todos os lugares. Por muito tempo pensou que esse privilégio lhe dava uma liberdade que aqueles que viviam ancorados no mesmo lugar desconheciam. Mas Tomás de Kempis tinha razão. Ele nunca sentiu que pertencia a um lugar porque a condição humana era isto: um desterro neste vale de lágrimas, um destino transitório até que, com a morte e o além, homens e mulheres voltariam para o ninho, para a sua fonte nutriz, onde viveriam por toda a eternidade”.
[2] De passagem, devo dizer que um dos temas fascinantes que O sonho do celta desperdiça é essa ambivalência da Alemanha na nossa bagagem cultural formada por Hollywood. Nem é preciso dizer nada a respeito do horror nazista, mas mesmo antes, por que a Alemanha nunca foi como a França, a Itália ou a Inglaterra para a percepção ocidental?
[3] Na tradução já citada, lançada pela Alfaguara: “ De fato, a história desse integro e temerário doutor Carlos A. Valcárcel que foi a Iquitos para investigar os ´horrores do Putumayo´ não podia ser mais triste. No decorrer daquelas semanas Roger a foi reconstruindo como um quebra-cabeça (…)
Pablo Zumaeta, em seu suposto esconderijo, orquestrou a ofensiva judicial contra o juiz Valcárcel, iniciando, por intermédio de testas de ferro, inúmeras ações contra ele, por prevaricação, desfalque, falso testemunho e outros delitos vários. Certa manhã se dirigiram à delegacia de polícia de Iquitos uma índia borá e sua filha de poucos anos, na companhia de um intérprete, para acusar o juiz de ´atentado contra a honra de uma menor´. O juiz teve de empregar grande parte de seu tempo se defendendo dessas fabulações caluniosas, depondo, correndo e escrevendo ofícios em vez de se dedicar à investigação que o trouxera para a selva. O seu mundo foi desabando. O hotelzinho onde estava hospedado o expulsou. Não encontrou nenhum albergue ou pensão na cidade que tivesse coragem de aceitá-lo. Teve que alugar um quartinho em Nunay, bairro cheio de depósitos de lixo e tanques de águas pútridas onde, à noite, ouvia as corridinhas dos ratos debaixo da sua rede e pisava em baratas… O que acontecera a ele? Roger só conseguiu apurar com certeza, embora certeza não combinasse muito bem com Iquitos, que o juiz Valcárcel já havia desaparecido quando chegou a ordem de Lima com sua exoneração. A partir de então, ninguém na cidade fazia idéia do seu paradeiro. Teria sido assassinado? (…) O diretor de El Oriente, Romulo Paredes, contou a Roger:
__ Eu mesmo aconselhei o juiz a ir embora antes que o matassem, sir Roger. Já tinha recebido muitos avisos.
Que tipo de avisos? Provocações nos restaurantes e bares onde o juiz ia comer alguma coisa ou tomar uma cerveja. De repente, um bêbado o insultava e desafiava para a briga mostrando a navalha. Quando o juiz ia dar queixa na polícia ou na prefeitura, mandavam-no preencher intermináveis formulários detalhando os fatos e garantiam que ´investigariam a denúncia´.
Em pouco tempo, Roger Casement já se sentia como imaginava que o juiz Valcárcel devia se sentir antes de sair de Iquitos ou de ser liquidado por um assassino… enganado por toda a parte, transformado em bobo da corte de uma comunidade de marionetes cujos fios eram puxados pela Peruvian Amazon Company, à qual toda Iquitos obedecia de forma infame…”
Quais são suas apostas para o Nobel de Literatura deste ano?
Comentário por Bruno Marcondes — 04/10/2011 @ 17:22 |
Bem, não seriam apostas, mas desejos:
Don DeLillo, António Lobo Antunes, Salman Rushdie, Amós Oz, Umberto Eco, Chinua Achebe, Margaret Atwood, Milorad Pavitch,
Mia Couto, Lidia Jorge.
Dez nomes.
Mas se ganhasse um brasileiro, seria ótimo, é claro. Ou outro italiano, como o Claudio Magris, o Pietro Citati, o Carlos Ginzburg ou o Roberto Calasso.
Tem também o Cees Noteboom, o Ismail Kadaré, o Milan Kundera.
Enfim…
Quinta saberemos. Abração.
Comentário por alfredomonte — 04/10/2011 @ 17:35 |
Você acha que o Ian McEwan mereceria um Nobel?
Comentário por Bruno Marcondes — 05/10/2011 @ 2:13 |
Certamente que o McEwan. Acho “Amsterdam” uma obra-prima e admiro muitíssimo “Reparação”. Um abração.
Comentário por alfredomonte — 06/10/2011 @ 10:30 |
Monte, li pouco Vargas Llosa, mas tenho interesse em buscar mais romances dele. Seu texto tem conclusões interessantes, que faz a gente pensar sobre o papel do escritor ora mais preocupado com questões estéticas (ou apenas isso), ora mais voltado para os temas de seu tempo (ou apenas isso), tudo sempre bem fundamentado com ótimas referências bibliográficas. agora só acho que Vargas Llosa já escreveu muitos romances de peso. Ele está com quantos anos, 70, 80? Deixa ele se divertir um pouco rs No fim, vão permanecer mesmo romances como A cidade e os cachorros e Conversa no Catedral abs
Comentário por ricardo — 13/05/2013 @ 23:53 |
Ele pode se divertir, mas que seus últimos romances são uma tremenda diluição do seu fôlego romanesco, isso eu não posso deixar de constatar. Abração.
Comentário por alfredomonte — 14/05/2013 @ 7:33 |